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Em qualquer
discussão sempre haverá um emissor e um
receptor; que ambos sejam respeitados."
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Sobre a lista de discussão
Mensagem original
enviada em: 23 julho 2000
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Amigos,
Listas de discussões são fantásticas.
São uma oportunidade de discutir, defender idéias,
treinar argumentos, aprender mais e ensinar. É a troca
de informações que estrutura uma lista. Acompanho
a lista DG desde sua criação, coordeno outras
listas e sempre converso com o Alexo sobre a administração
desse e de outros grupos de discussão. E concordamos
que sempre existirão discussões mais enfáticas,
ou mesmo pausas no envio de mensagens, causado por diversos
fatores.
Mas são apenas fases que não devem, de maneira
alguma, criar indisposições no envio de mensagens
pelos participantes. Dessa maneira, sugiro algumas "atividades"
ou sugestões para a lista:
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Que sejam enviadas sugestões de tópicos,
e que os mesmos sejam discutidos metodologicamente,
com argumentos e contra argumentos válidos (nada
tipo "Achei", "Não gosto",
"Eu não acho" etc.).
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A discussão tem três finalidades:
a) possibilitar aos participantes treinarem
seus argumentos. Sugiro que os mesmos sejam considerados
como fonte de conquista de um cliente, então
que cada participante da lista seja um possível
cliente. Creio que ninguém aqui destrata um cliente
quando expõe seus argumentos. Que seja esse um
exercício.
b) Ao expor um argumento ou contra-argumento,
que o mesmo seja baseado em pesquisa, em dados reais
e não em "achismos". Se um design é
"ruim", tem um motivo. Se um design é
bom, também. Nada é ruim ou bom porque
fui EU quem fiz ou porque EU não gostei.
c) Em qualquer discussão sempre haverá
um emissor e um receptor, que ambos sejam respeitados
(como cliente e designer). E mais do que isso, que ambos
aprendam mais. Discussões são fontes inquestionáveis
de conhecimento (para quem assimila e quem repassa).
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3
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Sugiro também o envio de matérias de
revistas, artigos sobre design, sobre designer, material
didático, de pesquisa etc. Enfim, tudo que possa
melhorar o design no Brasil... Afinal somente com designers
com muito conhecimento teórico e prático
é que haverá o crescimento do design no
Brasil. A concorrência nunca deve ser um fato
que provoque o desaparecimento do profissional, mas
sim um estímulo para o desenvolvimento de todos.
Conversando com um amigo dono de uma empresa, ele disse
que realmente desejava que seu principal concorrente
se desenvolvesse mais: ele inclusive dava tecnologia
para eles. A finalidade era fazer com que o mercado
deles (restrito) se desenvolvesse e eliminasse os produtos
estrangeiros. Uma lógica que deveria ser utilizada
aqui também.
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4
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Que todas as dúvidas sejam remetidas para a
lista. Ninguém tem o dever de saber tudo, já
dizia o velho ditado: sábio é o que faz
perguntas, não o que responde. Percebi nessa
lista um estímulo didático que pode muito
bem ser explorado.
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5
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Que todas as dúvidas sejam respondidas. Se
alguém não souber a resposta, pesquise,
crie possibilidades. Já aconteceu em outra lista
de enviar uma resposta (que tive que procurar em livros)
e usar esse conhecimento semanas depois com um futuro
cliente. Conhecimento a mais nunca é desperdício.
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Aprender a criticar e ser criticado é uma arte.
Vou falar aos novos profissionais: nem sempre seus trabalhos
serão aprovados por clientes (os mais "velhos"
no mercado poderiam falar sobre isso). Mas somente assim
você começará a compreender que
nem sempre um cliente sabe o que realmente necessita.
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Enfim... há muitas outras sugestões, mas essas
podem iniciar alguns comentários. Mas antes, sugestões
de tópicos a serem discutidos:
I. Como recusar trabalhos e aprender a aceitar quando um trabalho
é recusado.
II. Quais as tabelas que existem para honorários de
trabalhos de design?
III. O design pode ter uma atitude política? Ou "design
é política"?
IV. Legislação sobre direitos autorais em design.
V. ...
Eric
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