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"

Em qualquer discussão sempre haverá um emissor e um receptor; que ambos sejam respeitados."

 

Sobre a lista de discussão

Mensagem original enviada em: 23 julho 2000
Por Eric Zompero

Amigos,

Listas de discussões são fantásticas. São uma oportunidade de discutir, defender idéias, treinar argumentos, aprender mais e ensinar. É a troca de informações que estrutura uma lista. Acompanho a lista DG desde sua criação, coordeno outras listas e sempre converso com o Alexo sobre a administração desse e de outros grupos de discussão. E concordamos que sempre existirão discussões mais enfáticas, ou mesmo pausas no envio de mensagens, causado por diversos fatores.

Mas são apenas fases que não devem, de maneira alguma, criar indisposições no envio de mensagens pelos participantes. Dessa maneira, sugiro algumas "atividades" ou sugestões para a lista:

 1 

Que sejam enviadas sugestões de tópicos, e que os mesmos sejam discutidos metodologicamente, com argumentos e contra argumentos válidos (nada tipo "Achei", "Não gosto", "Eu não acho" etc.).

2

A discussão tem três finalidades:

a) possibilitar aos participantes treinarem seus argumentos. Sugiro que os mesmos sejam considerados como fonte de conquista de um cliente, então que cada participante da lista seja um possível cliente. Creio que ninguém aqui destrata um cliente quando expõe seus argumentos. Que seja esse um exercício.

b) Ao expor um argumento ou contra-argumento, que o mesmo seja baseado em pesquisa, em dados reais e não em "achismos". Se um design é "ruim", tem um motivo. Se um design é bom, também. Nada é ruim ou bom porque fui EU quem fiz ou porque EU não gostei.

c) Em qualquer discussão sempre haverá um emissor e um receptor, que ambos sejam respeitados (como cliente e designer). E mais do que isso, que ambos aprendam mais. Discussões são fontes inquestionáveis de conhecimento (para quem assimila e quem repassa).

3

Sugiro também o envio de matérias de revistas, artigos sobre design, sobre designer, material didático, de pesquisa etc. Enfim, tudo que possa melhorar o design no Brasil... Afinal somente com designers com muito conhecimento teórico e prático é que haverá o crescimento do design no Brasil. A concorrência nunca deve ser um fato que provoque o desaparecimento do profissional, mas sim um estímulo para o desenvolvimento de todos.

Conversando com um amigo dono de uma empresa, ele disse que realmente desejava que seu principal concorrente se desenvolvesse mais: ele inclusive dava tecnologia para eles. A finalidade era fazer com que o mercado deles (restrito) se desenvolvesse e eliminasse os produtos estrangeiros. Uma lógica que deveria ser utilizada aqui também.

4

Que todas as dúvidas sejam remetidas para a lista. Ninguém tem o dever de saber tudo, já dizia o velho ditado: sábio é o que faz perguntas, não o que responde. Percebi nessa lista um estímulo didático que pode muito bem ser explorado.

5

Que todas as dúvidas sejam respondidas. Se alguém não souber a resposta, pesquise, crie possibilidades. Já aconteceu em outra lista de enviar uma resposta (que tive que procurar em livros) e usar esse conhecimento semanas depois com um futuro cliente. Conhecimento a mais nunca é desperdício.

6

Aprender a criticar e ser criticado é uma arte. Vou falar aos novos profissionais: nem sempre seus trabalhos serão aprovados por clientes (os mais "velhos" no mercado poderiam falar sobre isso). Mas somente assim você começará a compreender que nem sempre um cliente sabe o que realmente necessita.

Enfim... há muitas outras sugestões, mas essas podem iniciar alguns comentários. Mas antes, sugestões de tópicos a serem discutidos:
I. Como recusar trabalhos e aprender a aceitar quando um trabalho é recusado.
II. Quais as tabelas que existem para honorários de trabalhos de design?
III. O design pode ter uma atitude política? Ou "design é política"?
IV. Legislação sobre direitos autorais em design.
V. ...

Eric

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