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Nossa
sociedade chegará a um ponto que a escrita se
tornará obsoleta?"
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Hieroglifos
Mensagem original
enviada em: 4 fevereiro 2002
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Andei pensando...
Desde o surgimento da fotografia, depois o desenvolvimento
do cinema, a TV, jogos eletrônicos, videoclips, internet,
nossa comunicação vem se tornando cada vez mais
visual. A maneira como nos relacionamos e comunicamos com
o mundo hoje pode ser feita muito mais através de signos
visuais que a cem anos atrás. Seja através de
um estilo de se vestir, do corte do cabelo, das cores, seja
pelo tipo de carro, da decoração da casa etc.
Por exemplo: um punk vai ser um punk no Japão e em
Paris. Um executivo também, um surfista idem. E através
deste estilo, desta representação visual, já
podemos ter uma referência de como a pessoa pensa, se
comporta, seus gostos e preferências.
E ao mesmo tempo a sociedade se desenvolve: tecnologicamente,
socialmente. O acesso à informação é
mais democrático e linear e assim todos vão
aprendendo a se comunicar visualmente.
E ao mesmo tempo a leitura, e principalmente a escrita, vai
caindo em desuso. Por educação e necessidade
social. Até a nossa geração (final do
século vinte), se alguém quisesse saber sobre
desenvolvimento microbiológico, precisava recorrer
a livros, enciclopédias etc. Hoje, e no futuro, esse
aprendizado pode ser feito por documentários, representações
visuais na intenet ou em CD-ROM.
A pergunta que "deu origem à série":
será que nossa sociedade chegará a um ponto
que a escrita se tornará obsoleta (ainda que útil)?
Será que nos comunicaremos mais oralmente e visualmente,
a escrita servindo apenas para registros (ou talvez nem isso)?
Meu raciocínio veio da análise de que os povos
desenvolvidos na antiguidade (babilônios, egípcios,
fenícios, incas, maias) possuiam uma comunicação
basicamente oral e visual. Seus alfabetos não se consistiam
de letras e sim de representações visual do
que queriam comunicar.
Será que à medida que nossa tecnologia se
desenvolve a necessidade da escrita diminui (isso ja pode
se comprovar) e diminuirá?
Bom, continuo pensando...
Abraços
Pedro Gaia
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