Capa Arquivos diversos › Bate-papo
  conteúdo
Página 1: Resumo descritivo
Página 2: Texto integral do bate-papo

Convidados especiais do encontro: Maria Angela dos Anjos, gerente executiva da ADG desde 1998 e Marco Aurélio Kato, sócio diretor da Rex Design, coordenador do site da ADG e ex-diretor da ADG na gestão de 1998/2000.
 

Bate-papo com representantes da ADG: resumo descritivo

Convidados especiais:
 
Maria Angela dos Anjos / gerente executiva
Marco Aurélio Kato (Rex Design) / coordenador do site
Encontro virtual: 26/outubro/2003
Resumo por Denize Markman

[19:59] Início do chat

Começamos dando às boas-vindas para a Maria Angela e para o Marco Kato e depois nos apresentamos.

Regulamentação da profissão

Questionada sobre seu posicionamento em relação ao tema, em nome da ADG, Angela respondeu que hoje existe uma comissão especial tratando do assunto, que na verdade passa a avaliar a auto-regulamentação. Citou que participaram do 1º fórum de auto-regulamentação no Senac e que logo teremos os primeiros frutos.

Questionada sobre o que seria a auto-regulamentação e porque fazer uso desta, Angela explicou que o Projeto de Lei de Regulamentação da Profissão foi retirado de pauta novamente do Congresso e que a auto-regulamentação seria um projeto feito pelos próprios designers da área, embasado na prática profissional. Uma vez formatado, se torna código da profissão, como acontece com os publicitários. Posteriormente, pode ser apresentado como um projeto de lei e aprovado pelo Congresso.

Disse também que a comissão que toca o assunto, atua apenas entre os profissionais de design com o suporte de advogados especialistas. Quem quiser participar deve ser associado e inscrever-se na Comissão de Regulamentação na ADG.

Como se associar à ADG ou apoiar sem ser associado

A ADG é uma associação de profissionais de design gráfico. Para se associar a ela é necessária a comprovação de atuação profissional de no mínimo 5 anos para cá, independente de formação superior.

Quem avalia os trabalhos apresentados são os diretores da ADG, que não contempla gosto pessoal. É observada a autoria, real implementação do projeto (exercícios não valem), além da aplicação de preceitos básicos de design gráfico que são vistos nas faculdades da área.

Angela esclareceu que existe a categoria "designers juniores" para os recém-formados, que tem anuidade intermediária por volta de R$ 216,00 e que sua inclusão depende apenas da apresentação do diploma de conclusão.

Questionada sobre os benefícios gerados em troca desta anuidade Angela explicou que a ADG propicia aos associados a Revista, um site atualizado, biblioteca, descontos em publicações e eventos, algumas publicações cooperadas que são gratuitas e participação como profissional nas bienais de design gráfico.

Ainda lembrou das comissões de trabalho, ética e assessoria jurídica que trabalham pela promoção, reconhecimento e ética de nossa profissão. (Exemplo: comissão de eventos, comissão de regulamentação, paisagem urbana, além de termos uma vinculação importante ao Icograda – International Council of Graphic Design Associations. Hoje a ADG tem seus eventos de 2004 inseridos na agenda de comemorações dos 450 anos de SP etc).

Guilherme Sebastiany, não associado da ADG, bem colocou que não adianta assumir uma postura passiva em relação a associação mas é importante abordar o problema principal. A ADG necessita de mais associados para poder baratear a anuidade, e não é possível expandir sem a colaboração e formação de "filiais". O importante é evidenciar que todos podem colaborar com a ADG em certos níveis, mesmo sem serem associados.

Angela informa também que para colaborar com a ADG, mesmo sem ser associado, deve-se entrar em contato através do site, por e-mail (gerencia1@adg.org.br), telefone (11 3082-9688) ou mesmo vindo pessoalmente à sede.

Acesso às bienais e outros eventos

Houve sugestões e queixas sobre como fazer para que os eventos, hoje mais presentes no eixo Rio-São Paulo, possam se tornar itinerantes, multiplicando os efeitos promovidos pela associação em todo o Brasil e como fazer para que os recém-formados tenham espaço dentro das bienais, projetando mais seu futuro no meio e fazendo com que seus talentos sejam melhor aproveitados.

Marina Chaccur lembrou a todos que criticam e sugerem que os eventos saiam do eixo Rio-São Paulo, que é necessário contar com colaboração pessoal, infra-estrutura e verba, alem de outros detalhes. É também de responsabilidade dos designers de outras praças a realização de eventos nestes locais.

Angela explicou que a ADG propõe aos grupos de interesse locais que se mobilizem e em conjunto possamos levar os eventos para outras cidades. Se a equipe local alavanca patrocínios, apoios, entre outras coisas, a ADG pode colaborar enviando material, profissionais, exposições, workshops etc. Como exemplo, cita Airton Francisco (Campinas) que leva as bienais para lá e que, em Recife, organiza mesas, debates etc.

Alexo coloca à disposição a lista [dG] como espaço de divulgação de chamadas de pessoal para colaborar para a realização de mais eventos.

Revista ADG pública?

Foi colocado por vários colegas que uma saída para o abismo de conteúdo nas publicações de design encontradas nas bancas de nosso país e aumento de entrada de recursos para a associação, seria a venda da Revista ADG para o público em geral.

Site ADG

Foi questionado se existe um projeto em vista para tornar o site mais ágil e funcional e Angela respondeu que está aberta a sugestões, mas que por hora não existe nenhum projeto formal para revisão do site.

Foi dito que talvez falte promoção maior, divulgação do conteúdo acessível do site em outras mídias. O que sentimos falta é de uma "didática" para captar colaboradores, um passo-a-passo para tornar o espaço mais atraente, apresentar quem são as pessoas-chave e em quais cidades, abrir mais canais de diálogo etc. Outra sugestão foi a criação de uma comissão para administrar o site no sentido conceitual.

Como adquirir publicações ADG

Além do site, que constantemente divulga as promoções, as publicações podem ser encontradas também na Editora Rio Books, que sempre procura estar presente nos eventos de design realizados pelo país.

Relacionamento de faculdades com a ADG

A ADG mantém contatos na maioria das escolas, principalmente em São Paulo. Fazemos em média de quatro a seis apresentações da ADG e do trabalho que procuramos desenvolver para o mercado. Colaboramos com as escolas municiando com conteúdo profissional, workshops, profissionais para bancas de avaliação, congressos, seminários, palestras etc. Existem as comissões de ensino e de estudantes. Marina Chaccur, coordenadora da comissão de estudantes explica que está se buscando mapear todas as faculdades de design do país.

Explorar a divulgação externa da ADG

Foi abordado por diversos colegas que muito se fala contra, mas pouco se conhece sobre o que de fato a ADG faz por seus associados e pela comunidade em geral. Falta divulgação externa, mais "marketing pessoal". Exposições muito bem organizadas como a do Tide Hellmeister, atualmente na Galeria ADG, passam em branco para o público em geral.

Angela colocou que a ADG não trabalha em função de um único associado e sim em prol da comunidade. Desta forma, o valor percebido é mais diluído, porém de longo alcance. Exemplo disso é através da comissão dos 450 anos de SP, levando a prefeitura todos os ideais profissionais. A ADG acabou de publicar um livro "Design Caso a Caso – como o Designer faz design" que foi distribuído para empresários da Fiesp.

A ADG não tem assessoria de imprensa no momento. Apesar de ser interessante, falta verba. Mesmo assim, para os grandes eventos sempre contamos com assessorias específicas.

Foi sugerido para que se experimente alimentar os cadernos de cultura dos jornais e revistas para disponibilizar mais artigos sobre design. Em contra-partida foi sugerido que os escritórios de design divulguem mais seus trabalhos na mídia (exemplo: Meglio com os projetos da Bella Paulista e Pé de Café). Outra fonte de divulgação seria a parceria com grandes sites, que estão sendo negociadas no momento ainda em caráter confidencial.

Atuação fora do eixo Rio-São Paulo

Comissões regionais podem e devem ser formadas sim, basta arregaçar as mangas! A ADG não têm filiais. O Rio é uma coordenadoria para seus mais de 160 sócios ativos. Em outras cidades temos grupos de sócios atuantes. O importante é entrar em contato com a Angela na ADG para viabilizar tais núcleos.

Também estamos efetuando alinhamento com as diversas associações de design existentes em todo país. Essa coligação é formada por entidades que tenham os mesmos princípios de atuação. O objetivo é ter uma atuação nacional mais forte.

A profissão hoje e interferência por leigos

Hoje a profissão está em mudança: o design gráfico está se difundindo como nunca. Isso muda a percepção do mercado e aumenta bastante a concorrência. A profissão vem melhorando no sentido de que o conhecimento não seja uma exclusividade de poucos. Porém, o que vemos é que é preciso qualificar melhor esse conhecimento.
É importante que os novos designers percebam que sua criatividade e seus projetos dependem de um vasto repertório visual, que é adquirido num espaço e tempo muito maior que o conhecido na faculdade ou no que vemos nos anuários. Esse é o passo que precisa ser dado para suplantarmos o que foi iniciado por outros designers mais experientes.

Citamos o exemplo da entrevista dada no programa do Jô pelo publicitário "DPZ" que causou repulsa em toda a categoria e qual a posição da ADG em relação a profissionais de outras áreas atuando no lugar dos designer. Angela diz que a ADG sempre tenta deixar claro, inclusive para os publicitários, que design se faz com designers, mesmo que ele esteja trabalhando dentro de uma agência de publicidade. Não deveria existir uma disputa de atuação e sim um reconhecimento.

Em fevereiro, a ADG enviou uma carta-protesto para o Programa do Jô sobre as opiniões de um certo publicitário em seu programa. Até agora não houve retorno, muito menos direito de resposta. Mandamos carta registrada e a cada 15 dias ligamos para a produção do programa, ainda sim, nenhum retorno deles. Nesse caso, a assessoria de imprensa seria um grande instrumento de ação. O grupo sugeriu, ainda, uma entrevista com Alexandre Wollner em contra-partida ao ocorrido.

Design de produto e embalagem

Marco Kato/Rex Design (kato@rexnet.com.br) foi questionado sobre a valorização do design de embalagens perante os clientes hoje em dia. Ele opina que o reconhecimento é imenso: "Super legal! Há casos em que o que criamos para a marca do produto ou sua embalagem serve de diretriz para a campanha publicitária. Existe muita especificidade e reconhecimento no trabalho de embalagem, mas minha forma de trabalhar é buscar a contribuição de outros projetos que desenvolvo para diferentes clientes. A questão não é trabalhar com produto e sim com varejo... o consumidor é muito estranho às vezes."

Conclusões

O primeiro ponto que devemos tirar deste encontro virtual é que, além dos associados, os não associados também desejam e podem colaborar com a ADG e isso não pode ser desperdiçado, pois é o passo inicial em um marketing de relacionamento que pode virar a imagem da ADG.

[22:12] Final do chat


Página 2: Texto integral do bate-papo

Capa Arquivos diversos › Bate-papo
 
©1999-2006 Contribua com a iniciativa nacional: não pratique pirataria de conteúdo na internet