 |
|
Análise |
|
Análise  Cartaz
"Shine" Brilhante
 |
|
Título original
|
Shine
|
País / ano
|
Alemanha / 1996
|
Direção
|
Scott Hicks
|
Com
|
Geoffrey Rush (David adulto)
Alex Rafalowicz (David criança)
|
Shine Brilhante é um filme belo,
poético, singelo e com uma música magistral.
É uma obra que toca na alma, faz sonhar, pensar e seu
cartaz nos mostra muito disso já na primeira imagem,
no rosto da personagem olhando feliz para o céu, sonhando,
com certeza, com algo infinitamente brilhante como a música
que deve estar ouvindo no fone de ouvido.
|
 |
|
Leitura geométrica
Na primeira seqüência de leitura vemos a diagonal
que se inicia no canto superior esquerdo e termina no canto
inferior direito dividindo essa imagem em dois planos bem
definidos: o real representado pelo ator e o
imaginário representado pelo céu azul.
Não existe nenhuma informação importante
ao final dela e isso faz com que esse dois planos se tornem
mais fortes.
|
 |
|
A outra linha geométrica que podemos perceber é
a formada pelos braços abertos do ator, que também
ajuda a definir esses dois planos. Fica clara nessa geometrização
a importância desses dois mundos: o da vida e do sonho.
|
 |
|
Espaço gráfico
O espaço vazio existente no centro desse cartaz,
pode fazer algumas pessoas acharem que alí é
que deveria estar posicionado o nome do filme, o que acabaria
por prejudicar a composição final.
O nome do filme está colocado em um lugar de baixo
impacto visual, sem força, mas, mesmo assim, é
o lugar perfeito e correto. Além de estar ao lado da
pessoa que o representa, Shine, está em
uma ligação direta com a frase do canto superior
direito. Seu corpo é pequeno e é em uma fonte
leve, com serifas delicadas e, mesmo sendo tão sutil,
não deixa de ter seu impacto, de ser Brilhante.
Essa força, esse impacto visual, existe devido ao
local em que foi posicionado, deixando o texto em uma leitura
quase que subliminar, porque enquanto a imagem prende nosso
olhar o nome está presente em nosso raio de visão
periférico, indo mais rapidamente e inconscientemente
para o cérebro. Essa disposição de texto
e imagem é uma perfeita representação
da utilização do espaço áureo
em um cartaz.
|
 |
|
As cores
A composição de cores opostas com predominância
do azul e laranja é perfeita. O azul representando
o mundo, o sonho, o espaço, a tristeza etc. e o laranja
seria o corpo, a matéria, a vida, a alegria etc. E
todas essas relações podem ser observadas durante
a vida desse músico e durante todo o filme.
|
 |
|
Linguagem simbólica
Se perguntássemos para pessoas relacionarem coisas
que são brilhantes, muitas, com certeza, falariam das
estrelas. E elas estão presentes neste cartaz representadas
pela direção do olhar da personagem que
olha para o alto de um fundo azul. Imagem esta que nos remete
claramente a céu e estrelas. Isso se reforça
com essa diagonal com a palavra brilhante Shine.
|
 |
|
A personagem está de braços abertos fazendo
uma associação direta com asas de um pássaro
que voa em direção ao céu estrelado
vale lembrar que poucos pássaros voam de noite
fica claro aqui a busca pela liberdade. O enquadramento visual,
que corta as pernas da personagem, só aumenta essa
sensação de vôo, causando uma sensação
visual de que a personagem está solta no fundo do cartaz.
|
 |
|
Recomendo para quem gosta de bons filmes, belas imagens e
de boa música que vejam esse filme que mostra tudo
que pode ser observado nesse cartaz e, principalmente, o homem
em sua busca infinita pela arte, pelo sonho. Tudo a ver com
a nossa vida de designers, pelo menos com a minha.
|
|
|
|
|
Márcia
Okida (1967) é designer gráfico, sócia da
Associação Pró-Cor do Brasil, membro da SND –
Society for News Design –, diretora de Arte do
Grupo de Teatro DNA e faz parte do corpo docente
da Unisanta onde é da aulas de Linguagem Gráfica
e Estética do audio-visual, Design Gráfico e Editoração
Eletrônica nos cursos de Jornalismo, Publicidade
e também faz parte da coordenação de TCCs na faculdade.
|
|
|
|
|
|