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As
cores desempenham um papel essencial no design gráfico
de qualquer impresso"
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Essas, entre tantas outras perguntas relacionadas ao universo
das cores, fazem parte do dia a dia de muitos designers, artistas
e criadores de um modo geral. É até bom que
esses questionamentos existam, pois, se a pergunta existe
significa que a preocupação com um perfeito
resultado final é constante. Triste é quando
encontramos profissionais que dizem desconhecer essa importância
e escolhem as cores levando em conta apenas o seu senso estético.
Pior ainda quando editores de arte ou não
de uma publicação dizem desconhecer, ou nem
existir, o critério usado na escolha de cores de sua
revista.
Essa falta de informação e conhecimento da
linguagem das cores não deveria existir entre profissionais
ou estudantes de qualquer área relacionada a imagem,
arte, criatividade. Para acabar com isso, um bom começo
é responder as questões que iniciaram esse artigo.
As cores possuem uma linguagem própria?
Sim. Na verdade existem várias linguagens. As cores
podem transmitir informações através
de várias associações como: psicológica,
fisiológica e sinestésica. Muitas dessas influências
cromáticas são universais, outras estão
relacionadas diretamente com a história pessoal, lembranças
da infância, inconsciente coletivo etc.
A linguagem psicológica ocorre devido a relação
entre uma cor e uma sensação, sentimento, lembrança
etc. Podemos sentir calma ao ver a cor azul, dar a sensação
de perigo ao usar a cor vermelha ou sentir raiva de uma determinada
tonalidade.
A história pessoal, lembranças de infância
ou a preferência por uma cor normalmente não
são levadas em conta na criação de um
projeto gráfico ou design de alguma peça, já
que somente causam influência sobre a pessoa em questão.
Exemplo: uma pessoa pode sentir-se nervosa ao ver a cor azul
cor que normalmente transmite paz, tranqüilidade,
calma por ter sofrido algum acidente e a cor azul estava
presente naquele momento em alguma roupa, objeto etc causando
assim uma associação ruim com essa cor. Como
essa relação é totalmente pessoal, não
pode ser levada em conta no momento de uma criação.
Já as influências do inconsciente coletivo de
uma sociedade podem e devem influenciar no momento da escolha
cromática de um projeto. Exemplo: os judeus, de um
modo geral, não gostam da cor vermelha por estar diretamente
associada ao nazismo. Esse repudio por essa cor é transmitido
de geração à geração de
um modo inconsciente.
Outro exemplo: a relação que a maioria das
pessoas faz entre as cores pastéis e infância
está diretamente ligada ao fato de que os jovens e
adultos de hoje, quando crianças assitiram desenhos
como: Branca de Neve, Cinderela, A Bela Adormecida, onde as
fadas meigas e boas sempre foram em tons de
rosa, azul, verde, branco e as bruxas más e
repugnantes vermelhas, roxas, pretas.
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