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Podemos
tornar a Internet uma extensão virtual de nossas
ações, de nosso cotidiano e da nossa forma
de viver, sem que com isso, tenhamos que a arte sacrificar"
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Em pleno século XXI, após inúmeras guerras,
após a bomba de Hiroshima, a Guerra Santa, Primeira
Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial e a Idade Média;
após o maior marco artístico, cultural e comportamental
da humanidade, a Renascença; depois de inúmeros
e incontáveis movimentos e vanguardas artísticas,
como o Dadaísmo, Surrealismo, Construtivismo, Modernismo,
Futurismo; em pleno amadurecimento e crescimento do segundo
maior meio de comunicação do globo, perdendo
apenas para a própria fala e escrita, a internet; chegamos
estagnados ao fim de tudo e ao começo de uma nova era
que necessita a qualquer custo que países industrializados
como o Brasil, tenham uma unidade artística e visual
própria, uma linguagem estabelecida e designers comprometidos
com o futuro da nação e sua imagem.
A história conta que uma nação e a própria
humanidade aprende com suas derrotas e vivência, sem
dúvida que crescemos muito após tudo isso, mas
o mundo atual em plena maturidade artística e cultural,
com obras e nomes consagrados no mundo artístico, como
Leonardo da Vinci, Michelangelo, Salvador Dali e outros tantos,
com jornais, revistas, internet, rádio e computadores
à nossa disposição, nos condena a passarmos
nossos poucos dias em frente a sites completamente toscos,
nacionais e internacionais, sem nenhuma unidade visual ou
mesmo bom gosto. Um bom exemplo é a Itália,
que hoje contempla uma das maiores bases Artísticas
da história e têm em sua maioria sites completamente
mal tratados e pouco trabalhados.
Hoje, a maioria dos sites que estão no ar não
possuem um mínimo de organização visual
aceitável, esteticamente e estruturalmente falando,
não possuem uma arquitetura de navegação
apropriada, linguagem visual e composição visual
que permita aos seus visitantes ou mesmo clientes, navegarem
felizes pela sua longa estrada da vida. Ao invés disso
entopem todos com trilhões de informações
inúteis, bilhões de anúncios, propagandas
e banners que lotam a tela e mais parecem papéis que
pegamos, amassamos e jogamos fora. Sem mencionar a quantidade
de elementos que o senhor designer ou Web Designer Master
consegue colocar em um pixel ao quadrado, e para piorar, dezenas
de sites não possuem uma estrutura digna que atenda
diretamente o objetivo proposto.
Pense na cidade de Nova York. Pense que o prefeito resolveu
aumentar em 40% a quantidade de prédios comercias e
conseqüentemente de comércios, restaurantes, hospitais
e mercados, pois a cidade vai abrigar milhões de habitantes
de um país em guerra e com isso vai trazer consigo
irritações por parte dos habitantes nativos.
Os que chegarem não irão cuidar da cidade e
jogarão papéis, lixos no chão e sujarão
a cidade. A cidade também ficará sem sinalização
e segurança. Agora pense que você irá
para Nova York, neste instante, passar as férias e
precisará encontrar uma amiga que mora em uma determinada
região, como faria para encontrá-la em meio
ao caos?
Agora outro exemplo, uma grande cidade que você está
construindo. Essa cidade não possui nenhuma sinalização,
não tem faixas, não possui ruas asfaltadas e
tem centenas de anúncios espalhados por cada canto,
uns sobre os outros. As ruas não têm saída
e as que possuem, vão ficando cada vez menores até
chegar a um ponto que ficam tão estreitas que você
não consegue passar com seu carro e com isso tem que
deixá-lo na rua, e para piorar, a cidade está
completamente suja. Dentro de dois dias você receberá
turistas e investidores que irão avaliar sua cidade
e se não gostarem, nunca mais voltarão. Esse
é exatamente o cenário da internet no mundo
inteiro.
Com isso, posso concluir que se a humanidade se desenvolveu,
a arte amadureceu e os meios de informações
aumentaram, com certeza, podemos mudar a internet (Web) e
transformá-la em uma extensão virtual de nossas
ações, de nosso cotidiano e da nossa forma de
viver, sem que com isso, tenhamos que a arte sacrificar.
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