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O tipo da gráfica e outros escritos
Raros são os designers que escrevem; mais raros ainda,
os que escrevem bem. Cláudio Ferlauto é um deles.
É um prazer renovado reler os textos que ele reúne
neste livro. Mesmo para quem, como eu, tem acompanhado muito
de perto sua atuação na imprensa, é uma
surpresa ver a abrangência e a profundidade que ele
conseguiu.
Por irem muito além do mero registro, os textos transcendem
os fatos que os propiciaram. Reunidos num só volume,
permitem que a gente vá juntando cada um, como peças
de um tabuleiro, para ir formando um painel sobre a produção,
os acontecimentos e as idéias que permearam o design
brasileiro, especialmente na área gráfica, nos
últimos dez anos.
Cláudio lança bóias para os náufragos
dos textos incompreensíveis, empolgados, de quem quer
mais aparentar erudição do que comunicar idéias.
Ele escreve fácil, fluente. Situa os acontecimentos
do design no seu contexto social, econômico, político,
tecnológico ótimo porque tanta gente
vê a atividade em si própria, isolada, desvinculada
da vida. E, acima de tudo, não abre mão da independência
intelectual que tanto o caracteriza. A meu ver, é esta
independência a sua principal qualidade. Ela se traduz
num aguçado espírito crítico e numa integridade
mais rara ainda do que os bons textos. Salve!
Adélia Borges
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Capa e texto extraídos do livro
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Rua Itararé, 137 São Paulo-SP / CEP 01308-030
/ (11) 258-7330
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Capa: Cláudio Ferlauto
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